O FCPorto recebeu o Atlético de Madrid, para a sua apresentação oficial, na tarde de domingo 3 de agosto, perante um estádio repleto com 49.227 adeptos. Antes do jogo, cumpriu-se a chamada individual de cada um dos jogadores do plantel para a nova época, em que nem todos estão certos para jogarem (ainda não fechou o mercado de transferências) e onde se destacou um precioso reforço, somente ali tornado público – o excelente avançado De Jong. A equipa anfitriã mostrou-se consistente ao longo do jogo e venceu por 1-0, tendo tido oportunidades de alargar a vantagem.
De salvaguardar que o jogo não teve fogo-de-artifício, como habitualmente nos jogos de apresentação, por causa dos riscos de incêndio.
Antes da apresentação da nova equipa azul e branca, o ambiente externo – em redor do estádio – era muito festivo, sobretudo à entrada dos jogadores nas instalações. De seguida, desceram em fila pelas bancadas e saíram pelo túnel, sempre em contacto e proximidade com os adeptos, que iam esticando as mãos – à medida que passavam – para os tocarem e pedirem selfies.

Eis os atuais jogadores que foram apresentados:
3. Zé Pedro, 5. Jan Bednarek, 6. Eustáquio, 7. William Gomes, 8. Victor Froholdt, 9. Samu, 10. Gabri Veiga, 11. Pepê, 12. Zaidu, 14. Cláudio Ramos, 15. Vasco Sousa, 16. Marko Grujić, 17. Borja Sainz, 18. Nehuen Pérez, 19. Danny Namaso, 20. Alberto Costa, 21. Dominik Prpić, 22. Alan Varela, 24. João Costa, 25. Tomás Pérez, 26. Luuk de Jong, 27. Deniz Gül, 45. João Moreira, 51. Diogo Fernandes, 52. Martim Fernandes, 74. Francisco Moura, 77. Iván Jaime, 86. Rodrigo Mora, e 99. Diogo Costa.
(os nomes a negrito são os que foram a jogo, entre titulares – a itálico – e substitutos)
Entre os jogadores mais aplaudidos, à sua entrada no relvado, estiveram – e sem surpresas – Samu, Rodrigo Mora, Diogo Costa e a nova/última contratação surpresa, o ponta-de-lança neerlandês Luuk de Jong, que já representou grandes clubes europeus (PSV Eindhoven, Barcelona, Sevilla, Newcastle e Borussia Dortmund). Também o treinador Farioli e a restante equipa técnica foram devidamente aplaudidos.
No relvado estiveram ex-jogadores do FCPorto, que deram glórias ao clube, tendo também jogado no Atlético de Madrid: Diego, Felipe, Christian Rodriguez, Costinha, Radamel Falcão e Paulo Futre. Estes dois últimos foram dos mais aplaudidos e deram o pontapé de saída do encontro, merecendo assim uma homenagem do público presente, que quase encheu por completo o Dragão. Aplauso houve, também, para Vitinha, que se encontrava num camarote para assistir à partida.

Mas a homenagem maior, muito especial, sentida e emocionada, estava reservada para Diogo Jota e o irmão André Silva. Os jogadores de ambas as equipas se posicionaram misturados entre si na meia-lua central e enquanto se viam nos ecrãs gigantes vídeos e fotos dos falecidos atletas, o público todo de pé prestou uma enorme salva de palmas e aclamou alto o nome de Jota. Depois, ao minuto 20 do jogo, novo aplauso foi ouvido em sua memória.
De parabéns evidentes está claramente o presidente André Villas-Boas pelo investimento e negociações feitas nesta nova temporada (tanto venda como compra de reforços), com fortes contratações e uma aposta grande no reacender da chama portista! Se dúvidas ainda houvesse, aqui está mais uma das razões porque foi eleito com 80% dos votos, justificando esta necessidade deste clube com história voltar a brilhar. E fê-lo não só para o plantel principal, mas também na equipa técnica, com o regresso de «El Comandante», a lenda Lucho González (agora não como jogador), que conhece bem a mística e o balneário do FCP.

Vamos, então, ao jogo em si e ao parecer a relevar de certos jogadores.
A equipa, no seu todo, mostrou-se envolvida, dinâmica, com atitude e vontade de ganhar ao longo do jogo. E mais concentrada, organizada e entrosada do que a equipa vista, por exemplo, que jogou em preparação – no domingo anterior, também no Dragão – contra o FC Twente. Jogo esse marcado pela expulsão do reforço espanhol Gabri Veiga. É um bom jogador, forte e aguerrido, com entradas agressivas – neste jogo voltou a perceber isso –, mas que deve ter cuidado disciplinarmente, para não comprometer nem a equipa nem o resultado final.
De estranhar o facto de Rodrigo Mora não ter sido titular nesta partida, ele que é o «menino de ouro» desta equipa. Entrou na segunda parte. Escusado será realçar que é uma delícia vê-lo jogar, com a sua concisa determinação e exímia qualidade técnica, nas suas jogadas únicas e bem-sucedidas. É, realmente, um prodígio! E esteve perto de concretizar o golo.
Abordemos, agora, o Samu. É um jogador possante, mas que precisa de ser mais regular na concretização e de aprimorar a sua técnica finalizadora, já que se atrapalhou com a bola em certos momentos decisivos do jogo.
Deu gosto de ver um Pepê mais motivado e empenhado, mostrando o seu valor, já que na época transata esteve mais apagado. E até se julgava que seria, entretanto, dispensado. Duas das novas estrelas da defesa portista, Bednarek e Alberto, também estiveram bem. Deram segurança e estabilidade à equipa.
Deixo o melhor para o fim, como que “a cereja no topo do bolo”. Aqueles que considero que foram os melhores jogadores em campo, com mais registos positivos e salientes ao longo da partida: Sainz (que esteve muitíssimo perto do golo) e, efetivamente, Froholdt. Este jovem dinamarquês está a justificar bem o seu valor de aquisição, até pela sua tenra idade de 19 anos, mas já tão cheia de maturidade e de intensidade em campo, que dá enorme gosto e esperança em vê-lo jogar e em vê-lo decidir jogos. Como foi o caso deste amigável, aos 45 + 1 minutos. Um jovem que promete, entre outros novos reforços desta equipa que deu provas de estar a renascer – com muito mais confiança – para o próximo campeonato da I Liga, que se inicia já no próximo fim de semana.






