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Vitória gorda de Portugal, com 1.º lugar no grupo

Vitória gorda de Portugal, com 1.º lugar no grupo
© André Rubim Rangel

Ao início da noite do dia 15 de novembro de 2024, o estádio do Dragão deixou de ser, por poucas horas, a casa do F. C. Porto para ser a casa de todos nós, ao serviço da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a fim de Portugal receber a Polónia em jogo de qualificação para a Liga das Nações. À seleção nacional bastava apenas um ponto / o empate para se apurar para os quartos-de-final desta prova. Prova, aliás, que Portugal já saboreou a medalha de ouro e levantou o seu troféu, com o mister Fernando Santos, há cinco anos (em 2019).

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Antes do jogo, os jogadores Diogo Costa e Diogo Dalot receberam uma placa das mãos de Humberto Coelho, vice-presidente da FPF, assinalando as 25 internacionalizações de ambos.

Do lado da equipa visitante, a seleção polaca, a grande ausência foi a do seu avançado mais prestigiado, Robert Lewandowski, por se encontrar com uma lesão nas costas.

Quanto à nossa seleção, treinada por Roberto Martínez, os titulares convocados foram: Diogo Costa, António Silva, Diogo Dalot, Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Renato Veiga, João Neves, Rafael Leão, Pedro Neto e Nuno Mendes. Eis os suplentes das Quinas: José Sá, Rui Silva, Nélson Semedo, Tomás Araújo, Samuel Costa, Francisco Trincão, João Félix, Nuno Tavares, Otávio, João Cancelo, Francisco Conceição e Vitinha.

O capitão português, na apresentação das equipas, recebeu uma grande e distinta ovação do público, com um forte «Siiiiiiim». Ou não fosse o CR7 o maior e melhor de sempre (se dúvidas ainda houvesse!). Um ambiente entusiasmante neste acolhimento singular na cidade do Porto e até arrepiante, no momento de se ouvir e cantar o Hino «A Portuguesa». Estiveram presentes 47.239 espectadores, com umas boas centenas de adeptos polacos na bancada habitualmente destinada à claque visitante.

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O pontapé de partida foi de Portugal. Aos 11’, a Polónia teve uma grande oportunidade de golo, mas o guardião nacional fez uma defesa segura. Como resposta, e aos 13’, Portugal atacou e um desentendimento de Bruno Fernandes com Bernardo Silva, que estavam junto do poste, fez com que não finalizassem em golo, passando a bola entre ambos. Nos minutos seguintes, a Polónia foi investindo no ataque, pelo seu lado esquerdo, e criando algum perigo. Exemplo notório foi aos 19’ em que, fruto de uma perda de bola desnecessária de Rafael Leão, um atacante polaco rematou bem forte à figura de Diogo Costa. 

Aos 24’, João Neves – após já ter feito uma falta antes – levou cartão amarelo, por cometer nova falta no meio-campo. Bruno Fernandes, que estava mesmo ao lado, reclamou de imediato com o árbitro. Resultado: também levou amarelo (o que o impede de estar no próximo jogo, Croácia vs. Portugal, para cumprir ciclo de amarelos já recebidos). Aos 27’, Portugal voltou a sofrer e, após Diogo Costa estar batido, Nuno Mendes conseguiu intercetar a bola, caso contrário entraria na baliza das Quinas. Nesse momento, as estatísticas não enganavam: a Polónia tinha mais três ataques do que Portugal, que não estava a encontrar soluções para se adiantar no marcador.

Aos 37’, mais uma situação perigosa para Portugal, com um remate bem colocado de Piatek, que rematou ao poste direito. No minuto seguinte, foi a vez de Portugal tentar a sua sorte, mas a Polónia não baixava os braços e, aos 40’, voltou a atacar de modo a exigir uma defesa difícil e determinante de Diogo Costa. Perto do intervalo, começou a chover bem forte sobre o Dragão. Aos 45’, Ronaldo sofreu um toque do adversário junto à baliza polaca e, depois de ter sido atirado ao chão, pediu penalti ao árbitro que não concedeu. O capitão protestou e levou amarelo, tendo posteriormente recebido o apoio do público.

Terminada a primeira parte, após três minutos de descontos, a estatística da mesma foi a seguinte: 67% de posse de bola para a seleção da casa, com o mesmo número de remates (6) e de cantos (3) comparativamente à Polónia, com mais duas faltas (7) que Portugal (5). Metade dos remates polacos foi à baliza (em 14 ataques), enquanto os de Portugal não, tendo 3 fora de jogo, contra 0 da Polónia. Ao passo que as Quinas fizeram 312 passes, a equipa de Leste apenas fez quase metade (154).

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Ao iniciar a segunda parte, duas substituições foram realizadas na seleção polaca. E, em Portugal, entrou Vitinha com saída de João Neves. Aos 55’, Nuno Mendes teve uma corrida rompante com a bola, num contra-ataque que Rafael Leão atrapalhou-se no passe de bola, atirando-a pela linha de canto. Nesse mesmo minuto, o guarda-redes polaco levou amarelo, por demorar muito a repor a bola em jogo (já tinha acontecido o mesmo num lance anterior). Dois minutos depois, Diogo Costa fez, novamente, uma grande defesa, em que teve de se esticar bem no chão. Aos 58’, finalmente, o público pôde gritar: «golo»! Mantendo-se a dupla entre Rafael Leão, numa recuperação de bola rápida na defesa portuguesa e subindo em campo, passando a Nuno Mendes à entrada da grande área, que assistiu a Leão para cabecear para dentro das redes polacas e fazer o 1-0. Este é o primeiro golo de Rafael Leão na Liga das Nações.

Nesta segunda parte assistiu-se a um Portugal com mais atitude e mais dinamismo, face a uma primeira parte adormecida. De certa forma, a entrada de Vitinha proporcionou essa mexida que se impunha. À entrada dos 70’, num ataque bem conseguido de Portugal, foi assinalado penalti para Portugal, por mão/braço na bola de um jogador polaco. Naturalmente que Ronaldo foi chamado a converter o penalti, fazendo-o com elevada categoria, como já nos habituou. Estava conseguido o 2-0. Aos 76’ saiu Bernardo Silva e entrou Samuel Costa. 

O 3-0 estava reservado para os 75’, após um portentoso remate de Bruno Fernandes, à entrada da grande área. Quem diria, depois da fraca primeira parte, que Portugal chegaria aos quatro golos! Assim foi, com remate de Pedro Neto, aos 82’. Logo a seguir ao golo, entraram João Félix e Francisco Trincão, substituindo Rafael Leão e Pedro Neto. O público gritava, aos 85’, pedindo: “só mais um, só mais um”. E Cristiano Ronaldo atendeu ao pedido, dois minutos depois, com um golaço de pontapé de bicicleta, para relembrar porque CR7 é de outro planeta, um G.O.A.T, do futebol mundial. Depois, aos 88’, a Polónia fez o seu golo de honra, reduzindo para 5-1 o resultado, que estava mais que decidido e garantindo o primeiro lugar de Portugal no respetivo grupo. Tal como no final da primeira parte, três minutos de descontos foram acrescentados. Jogo terminado, após claro domínio de Portugal nesta derradeira parte. Parabéns, Portugal!

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